sexta-feira, 16 de abril de 2010

Estudo Americano relaciona bruxismo e apneia a gênero e etnia de pacientes

Um em cada quatro pessoas que sofrem de apneia do sono (interrupção na respiração durante o sono) também têm bruxismo (ato de ranger os dentes durante a noite), de acordo com estudo apresentado em novembro de 2009 em San Diego, na American College of Chest Physicians' CHEST 2009. Os resultados também indicam que gênero e etnia impactam fortemente na ocorrência de bruxismo. Mais especificamente, homens brancos com apneia do sono possuem altas chances de desenvolverem o distúrbio.

"O que eles detectaram com as informações levantadas, é que existe maior predominância de ranger dos dentes em pacientes que têm apneia”, diz Eduardo Rollo Duarte, dentista especialista em Odontologia do Sono. “É a primeira vez que um estudo olha para a influência de gênero e etnia nesse assunto”.

Na pesquisa, cada gênero foi dividido igualmente em Brancos, Negros e Hispânicos. Ao todo, 150 homens e 150 mulheres.

São 25,6% dos pacientes que apresentaram bruxismo e 35% apresentaram sintomas de refluxo gastro-esofágico e azia.

Bruxismo foi mais comum em homens do que em mulheres: 43% contra 31%.

Bruxismo foi reportado em 35% dos brancos, contra 19% dos Hispânicos. Refluxo foi mais comum em negros (40%), seguido dos brancos (34%) e Hispânicos (31%).

“A mensagem final que fica para os especialistas em distúrbios do sono, principalmente para nós dentistas, é que ao ser detectado nos pacientes o problema de bruxismo, é importante que o especialista busque investigar a presença de apneia, e vice-versa”, diz Eduardo Rollo “Assim, oferecemos o tratamento mais completo possível, sem ignorar nenhum distúrbio. A partir daí deve-se encaminhar ao paciente para o exame do sono , a polissonografia.

Fonte: Reuters Health

sexta-feira, 12 de março de 2010

Cartunista Glauco foi morto por conhecido

Da redação
redação@gazetadejoinville.com.br

As investigações policiais apontam: nem tentativa de assalto, nem vingança. O cartunista do jornal Folha de S.Paulo Glauco Villas Boas, 53 anos, e seu filho Raoni, de 25, foram vítimas de uma tragédia. O principal suspeito do assassinato dois dois seria conhecido da família e frequentaria a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, inspirada nos cultos do Santo Daime.

Segundo a polícia, trata-se do estudante universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, que já teria um registro por porte de drogas. O suposto autor do crime vive no Alto de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, e estaria afastado dos cultos há cerca de seis meses.

No fim da noite desta quinta-feira (11), ele teria ido ao encontro de Glauco, levando uma pistola 7.65. Houve uma discussão e o rapaz disse que iria se matar. O cartunista teria tentado demovê-lo da ideia. Suas últimas palavras teriam sido: "Não faça isso, não faça isso". Em seguida, teria sido morto com quatro tiros.

Nesse momento, Raoni, filho de Glauco, chegou e também foi atingido por mais quatro tiros. Ao todo, o autor dos crimes teria disparado dez vezes, segundo a polícia. Depois de assassinar Glauco e Raoni, o rapaz teria fugido em um Volkswagen Gol.

Os corpos de Glauco e Raoni foram liberados no fim da manhã desta sexta-feira (12). A pedido da família, o velório será uma cerimônia reservada e o acesso ao público só será permitido no enterro, previsto para amanhã, no Cemitério Gethsemani Anhanguera.

Na manhã desta sexta, quando a morte de Glauco e Raoni veio a público, a primeira hipótese é de que se trataria de uma tentativa de assalto praticada por dois homens. Horas depois, foi divulgada a informação de que o boletim de ocorrência do crime indicava a participação de um terceiro suspeito, que estaria no Gol.

Uma testemunha reconheceu o suspeito como um frequentador da igreja. A partir dessa identificação, a polícia levantou informações sobre o carro e o endereço do rapaz. Até agora, a polícia não confirmou a localização do suspeito. As informações constam do site do jornal O Estado de S.Paulo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Supremo nega habeas corpus e mantém prisão de Arruda

Por nove votos a um, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) negaram nesta quinta-feira o pedido de liberdade do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), preso na Polícia Federal desde o dia 11 de fevereiro. Com a decisão, o governador permanecerá preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Arruda é acusado de tentar subornar uma das testemunhas do esquema de arrecadação e pagamento de propina no DF. Em parecer, a Procuradoria Geral da República havia defendido a manutenção da prisão.

A maioria dos ministros acompanhou o voto do relator, ministro Marco Aurélio Mello, que defendeu a manutenção da prisão do governador afastado. Ele argumentou em seu voto que há indícios de que Arruda tentou ocultar provas de sua participação no suposto esquema de corrupção, o que resultou na sua prisão.

Além de Marco Aurélio, votaram pela manutenção da prisão de Arruda os ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie, Celso de Mello e Gilmar Mendes, presidente da Corte.

O único voto pela liberdade de Arruda foi do ministro Dias Toffoli. Segundo ele, a Câmara Legislativa deveria ser comunicada da decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de processar Arruda e requer autorização. "No caso do paciente se não houver a aprovação da Câmara para autorizar o processamento, quanto tempo ficará o paciente recolhido?", questionou.

Ao votar contra a concessão do habeas corpus que pede a libertação de Arruda, o ministro Ricardo Lewandowski seguiu o relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, argumentando que a prisão preventiva cumpriu todos os requisitos previstos pela Constituição.

"A decisão do ministro [Marco Aurélio] calca-se em fatos concretos como foi demonstrado pelo eminente relator. São fatos concretos que subsidiam a prisão cautelar", afirmou Lewandowski.

Para Joaquim Barbosa, há fortes indícios de que Arruda tentou subornar o jornalista Edson dos Santos Sombra, uma das testemunhas do suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal.

"O paciente [Arruda] somente foi preso não só depois de serem colhidas inúmeras provas contra ele, mas depois de reiteradas tentativas de sua parte de prejudicar a investigação criminal, impedir a busca da verdade e manter em tese as atividades da suposta organização criminosa instalada na cúpula do governo do Distrito Federal", afirmou.

A ministra Cármen Lúcia disse que os motivos que levaram o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decretar a prisão de Arruda são relevantes. "É muito grave o que levou o STJ a determinar essa prisão.Pensar que a impunidade possa ser acolhida no Estado de Direito é imaginar que se pode construir fortaleza para dar segurança e, nela, instalar porta de papelão. A vida não é uma ficção. A moral e o direito não hão de ser contadas sem a eficácia das instituições", disse.

Para o ministro Celso de Mello, a decisão do STJ de decretar a prisão preventiva de Arruda seguiu todas as prerrogativas impostas pela Constituição. "Há a hipótese clássica de decretação de prisão preventiva. Uma verdadeira interferência ilegítima na produção da prova penal", afirmou.

Último a votar, Gilmar Mendes defendeu a manutenção da prisão de Arruda com o argumento de que há provas do envolvimento do Executivo e do Legislativo do DF no suposto esquema de corrupção.

"Realmente esse caso, como tem sido repercutido na mídia nacional e internacional, tem conotações que fogem aos padrões dos escândalos políticos. O envolvimento do Executivo e do Legislativo, esse Estado aparente de contaminação vem sendo apontado. Isto levava àquela apreensão da não funcionalidade mais do sistema de controle", afirmou.

Apesar de defender a prisão de Arruda, Mendes disse ter "dúvidas" sobre o caso envolvendo o governador do DF. "Tenho muito mais dúvidas do que convicções sobre esse caso. Este caso é tão singular que, quem aparentemente quer dar a luz, tem o nome de Sombra. E não deve ser por acaso que assim se chama", afirmou.

Dos 11 ministros da Corte, dez participam do julgamento do habeas corpus apresentado pela defesa de Arruda. O ministro Eros Grau foi o único a não participar do julgamento por estar fora de Brasília.

Defesa

Ao falar em defesa do governador afastado, o advogado Nélio Machado disse que seu cliente é "bode expiatório" e quer ter apenas o direito de se defender das acusações de suspeita de corrupção de testemunhas e utilização da máquina pública.

Na tentativa de convencer os ministros a conceder habeas corpus para liberar Arruda, Machado disse que o governador teve sua vida política "ceifada" e tem como único objetivo "voltar à sua família", pois está preso numa "masmorra" há mais de 20 dias.

Machado fez duros ataques ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), que decretou a prisão do governador. Na opinião do advogado, o tribunal tomou a decisão em menos de duas horas, sem ouvir as argumentações da defesa. "O ministro Fernando Gonçalves escreveu meia dúzia de linhas, transcreveu na íntegra o que foi dito pelo Ministério Público. Foi assim que tudo começou. E o pior: como foi a discussão dos ministros?", questionou.

O advogado disse que o caso Arruda teve um tratamento "desigual" em relação a outros analisados pelo STJ. "Estamos trabalhando sob a presunção da culpa. Não se fala mais em devido processo legal. Deseja-se a punição sem limitação", disse.

Machado classificou de "masmorra" a Superintendência da Polícia Federal onde Arruda está preso há 21 dias. "A Polícia Federal está fazendo uma farsa. Ele fica preso com policiais ao lado. Nunca tive um contato pessoal e reservado com meu constituinte. Não pode ir ao banheiro, vai acompanhado. Não tem televisão, rádio, jornal. O que é isso? Punição antecipada. Isso não é julgamento que se aproxima de julgamento moral, de terminar por inteiro qualquer perspectiva deste homem", afirmou.

Segundo o advogado, Arruda está disposto a colaborar com as investigações sem deixar o Distrito Federal. "A situação dele é vexatória, e eles só se preocupa hoje com um único assunto: voltar à sua família. Sua vida política acabou, está ceifada, ele não tem nenhuma chance", afirmou o advogado.

Acusação

Ao defender a manutenção da prisão do governador afastado, a vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, afirmou nesta quinta-feira no STF (Supremo Tribunal Federa) que o ex-democrata agiu na tentativa de suborno de uma das testemunhas do esquema de corrupção porque foi "gravado com pilhas de dinheiro".

Segundo a procuradora, a custódia do ex-democrata permitiu ainda que surgissem novas provas do esquema de corrupção. Segundo ela, não há dúvidas da legalidade da prisão. "Se fosse qualquer cidadão a prisão não seria nem objeto de indagação", disse.

Duprat afirmou que após a prisão de Arruda, policiais civis tiveram coragem de denunciar que o governador interferiu em investigações da corporação que envolviam Marcelo Toledo, policial aposentado e considerado um dos operadores do esquema de arrecadação e pagamento de propina.

"Não são apenas matérias de jornais, são matérias que se soma, que se soma, que se soma e que mostram como a máquina foi utilizada para vários fins, para criar um cenário que o governador não fosse processado e alvo de impeachment. Há limite para tudo. Temos provas que mostram que várias provas só foram obtidas agora após a prisão do governador. Policiais civis tiveram coragem de denunciar que Arruda interferiu a favor de Marcelo Toledo", disse.

A procuradora rebateu as críticas da defesa do governador de que não foram oferecidas condições para Arruda na prisão. Duprat disse que tem fotos de que o governador está bem instalado.

"Ele foi preso num primeiro momento na sala de um diretor, mas na sequência transferido porque tinha que ser retomada a rotina dos trabalhos. Nós pedimos informações e nos foi repassado que a sala em que ele está preso tem ar condicionado, sofá, cama, mesa de trabalho, ventilação. As condições da prisão são absolutamente dignas e temos as fotos", afirmou.

Agência Folha

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mais de mil perdem Bolsa Família em Joinville

Da Redação

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) cancelou, em fevereiro, o pagamento do Bolsa Família a 11.177 beneficiários de Santa Catarina, dos quais mais de mil somente do município de Joinville. Ao todo, foram 709.904 cancelamentos no Brasil. O corte aconteceu porque beneficiários não atualizaram seus dados cadastrais até 31 de outubro do ano passado. A atualização cadastral – confirmação ou alteração das informações gerais - foi introduzida pelo Decreto nº 6.392, de 12 de março de 2008, e deve ser feita a cada dois anos.

No ano passado, 3,4 milhões de famílias de todo o país renovaram as informações no Cadastro Único, base de dados dos programas sociais do Governo Federal. Com o trabalho realizado até 31 de outubro pelos gestores municipais do Bolsa Família, restaram 975.601 domicílios, que tiveram os benefícios bloqueados em novembro.

O bloqueio significa que, embora o recurso do Bolsa Família seja depositado na conta do beneficiário, só pode ser retirado assim que for cumprida a contrapartida da família, neste caso, a atualização dos dados cadastrais. Após o bloqueio dos benefícios, mais 265 mil famílias procuraram as Prefeituras para atualizar os dados. Aqueles que não o fizeram – 709.904 – tiveram seu benefício cancelado.

O processo de revisão cadastral é realizado em parceria com os Municípios e funciona como importante mecanismo para melhorar a focalização do Bolsa Família. O principal programa de transferência de renda do Governo Federal atende a 12,4 milhões de famílias em todo o País. Os recursos do programa, em 2009, somaram R$ 12,4 bilhões. Para garantir o benefício, as famílias precisam manter os filhos na escola, a agenda de saúde em dia e atualizar seus dados, como renda, endereço e escola dos filhos, pelo menos a cada dois anos.

Recursos
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à forme apoia o trabalho de atualização cadastral com repasse de recursos destinados à gestão municipal do programa e também disponibiliza, a cada município, a relação das famílias que precisam ter seu cadastro revisado, além de informações técnicas para que esse processo ocorra sem transtornos.

Os beneficiários que precisam atualizar seus dados receberam, ainda, avisos (enviados nos extratos de pagamento desde abril de 2009) para procurar a Prefeitura de seu Município.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Exportações caem com crise e derrubam produção industrial, diz IBGE

O bom desempenho do mercado interno não foi suficiente para conter o estrago que a crise provocou na demanda externa, e foram justamente os setores mais dependentes das exportações que influenciaram diretamente o pior desempenho da industria brasileira desde 1990. A produção industrial em 2009 registrou queda de 7,4% ante 2008, primeira resultado negativo desde 1999, quando a indústria havia tido retração de 0,7%.

"A redução dos investimentos e a menor demanda externa foram decisivos para que a indústria apresentasse esse desempenho. Ao logo do ano, já nota-se uma retomada dos investimentos, mas as exportações ainda não reagiram no mesmo ritmo", afirmou Isabella Nunes, coordenadora da PIM (Pesquisa Industrial Mensal).

Ao mesmo tempo, os dados referentes à segunda metade de 2009 mostram claramente uma recuperação da indústria. No primeiro semestre, a produção industrial caiu 13,4% em relação a igual período em 2008. Na segunda metade de 2009, a retração da indústria foi de 1,7%.

"O setor industrial foi o mais atingido pela crise. Houve queda em diversos países do mundo. No Brasil, já vemos um movimento de recuperação, com uma retomada consistente, com qualidade e retomada dos investimentos", afirmou Isabella Nunes, coordenadora da PIM (Pesquisa Industrial Mensal).

Ela acentuou que, diante os ajustes na indústria em função da crise, a queda de 7,4% em 2009 pode ser considerada normal. Acrescentou também que o cenário macroeconômico atual é bem diferente do que era notado em 1990, e que isso vem permitindo que a indústria reencontre o rumo do crescimento de forma mais rápida e mais robusta.

A indústria de bens de capital, por exemplo, despencou 17,4% em 2009. No primeiro semestre, essa redução foi de 22,9%. De julho a dezembro, o ritmo de queda foi menor, com essa produção apresentando variação negativa de 12,3%. No ano, a retração mais expressiva foi observada na produção de máquinas e equipamentos, que despencou 18,5%.

Juntamente com os bens de capital, os bens intermediários representam cerca de 70% da indústria. O desempenho desse segmento também foi decisivo para que a indústria tivesse o pior desempenho em 19 anos. A produção de bens intermediários teve redução de 8,8%, influenciada principalmente pelo desempenho da indústria de metalurgia básica, que caiu 17,4% frente a 2008.

No primeiro semestre, a queda entre os intermediários foi de 15,7%. Já na segunda metade do ano, a retração foi de 1,9%.

A redução da produção de veículos automotores (-12,4%) puxou o resultado negativo dos bens de consumo duráveis, que apresentaram queda de 6,4% ao longo de 2009, na comparação com o ano anterior. A produção de material eletrônico e equipamentos de comunicações registrou queda de 25,5%, impactada pela baixa nas exportações de telefones celulares.

A manutenção do consumo do mercado interno, em função da manutenção do nível de emprego e renda do brasileiro, fez com que a produção de semi e não duráveis caísse de forma menos intensa, com redução de 1,6% frente a 2008.

Agência Folha Online

STJ rejeita recurso e mantém ação contra o bispo Edir Macedo

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou pedido de arquivamento de investigação contra o bispo Edir Macedo, proprietário da Rede Record e dirigente da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Na ação, que tramita na 9ª Vara Criminal de São Paulo, Macedo e outros oito membros da Iurd são suspeitos de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

O pedido de desistência havia sido feito por Alba Maria Silva da Costa, ligada à Universal e uma das nove pessoas citadas na investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). No recurso, os advogados de Alba sustentaram que a ação já havia sido julgada anteriormente, não merecendo nova apreciação.

Em 2006, ao julgar um inquérito envolvendo o bispo Marcelo Crivella e seguindo parecer do MP, o Supremo determinou o arquivamento de investigações contra os membros da Universal.

Na nova decisão do STF, o ministro Ricardo Lewandowski rejeitou a defesa de Alba Maria, de que a nova investigação tratava de fatos já julgados. "Examinando os autos, vê-se que a pretensão não merece acolhida, pois o pedido formulado pela reclamante não se enquadra em nenhuma das hipóteses, seja para preservar a competência desta Corte, seja para garantir a autoridade de suas decisões".

O ministro sustentou que a decisão da Justiça de São Paulo em acolher a denúncia não fere o julgamento anterior. Segundo ele, os fatos são distintos e em 2006 não houve documentos dos crimes.

Na denúncia de agosto de 2009, promotores de São Paulo se basearam em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que mostravam operações atípicas dos membros da Universal. O MP acusa Edir Macedo e as outras oito pessoas de usarem empresas de fachada para desviar recursos de fiéis da Igreja.

As instituições Unimetro Empreendimentos e Empreendimentos teriam recebido R$ 71,3 milhões da Universal - dinheiro com isenção fiscal - e repassado aos beneficiados, desviando a finalidade das doações. O MP suspeita que a compra da TV Record Rio seja fruto de recursos originados do possível desvio de recursos. A informação é do jornal O Globo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Depois do mal-estar, Lula diz que trabalho vai continuar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (1º) que tem a saúde muito boa e vai continuar viajando até o fim do governo. Segundo ele, é preciso se inteirar do que está acontecendo, dando ordens e inaugurando obras.

"O presidente é o comandante, tem que estar na frente, dirigindo. Tem que gritar, cobrar, e quem estiver trabalhando comigo até 31 de dezembro de 2010 vai me ver na sua porta batendo, cobrando, porque senão as coisas não andam", disse durante o programa semanal Café com Presidente.

Ele admitiu que o mal-estar que sentiu quando estava em Recife, na semana passada "pode talvez ter sido causado por excesso de trabalho, por conta da agenda muito pesada". Lula reconheceu que, apesar da necessidade de reduzir a quantidade de trabalho, não pode "afrouxar a agenda e deixar as coisas acontecerem, senão dá a impressão de que o governo acabou."

"Eu não posso ficar em Brasília, tenho que trabalhar mesmo, mas vou me cuidar", prometeu.

Agência Brasil