terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Diego Souza surpreende e é eleito o Craque do Brasileirão

Em festa no Rio de Janeiro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) premiou os principais nomes do Campeonato Brasileiro. A escolha do meia Diego Souza, do Palmeiras, como o melhor da competição, surpreendeu - superou Petkovic e Adriano, do campeão Flamengo. O clube rubro-negro, pelo menos, teve o técnico Andrade como grande destaque.


Além de Andrade, o Flamengo também teve a escolha de Adriano e de Petkovic para a seleção do Brasileirão - o Imperador não compareceu ao evento. O time com mais jogadores premiados foi o São Paulo, que acabou na terceira posição da tabela - o clube paulista teve o volante Hernanes e os zagueiros Miranda e André Dias.



A seleção do Brasileirão 2009 ficou assim: Victor (Grêmio); Jonathan (Cruzeiro), André Dias (São Paulo), Miranda (São Paulo) e Júlio César (Goiás); Hernanes (São Paulo), Guiñazu (inter), Diego Souza (Palmeiras) e Petkovic (Flamengo); Diego Tardelli (Atlético-MG) e Adriano (Flamengo).


O evento também contou com um momento especial: a entrega das taças para os campeões de todas as divisões do Brasil. São Raimundo (PA), na Série D, América (MG), na Série C, Vasco (RJ), na Série B, e Flamengo (RJ), na Série A. O goleiro Bruno, capitão do rubro-negro, subiu ao palco emocionado para receber o troféu.


A arbitragem também foi lembrada. O melhor juiz do Brasileirão foi o paranaense Héber Roberto Lopes. O gaúcho Leonardo Gaciba ficou em segundo lugar, seguido pelo paulista Paulo César de Oliveira.


OS MELHORES DO CAMPEONATO BRASILEIRO:

GOLEIRO

Ouro - Vitor (Grêmio
Prata - Marcos (Palmeiras)
Bruno - (Flamengo)

LATERAL-DIREITO

Ouro - Jonathan (Cruzeiro)
Prata - Léo Moura (Flamengo)
Bronze - Vitor (Goiás)

ZAGUEIRO-DIREITO

Ouro - André Dias (São Paulo)
Prata - Danilo (Palmeiras)
Bronze - Chicão (Corinthians)

ZAGUEIRO ESQUERDO

Miranda (São Paulo)
Prata - Réver (Grêmio)
Bronze - Ronaldo Angelim (Flamengo)

LATERAL-ESQUERDO

Ouro - Júlio César (Goiás)
Prata - Armero (Palmeiras)
Bronze - Kléber (Inter)

VOLANTE-DIREITO

Ouro - Hernanes (São Paulo)
Prata - Pierre (Palmeiras)
Bronze - Willians (Flamengo)



VOLANTE-ESQUERDO

Ouro - Guiñazu (Inter)
Prata - Maldonado (Flamengo)
Bronze - Sandro (Internacional)

MEIA-DIREITO

Ouro - Diego Souza (Palmeiras)
Prata - Cleiton Xavier (Palmeiras)
Bronze - Souza (Grêmio)

MEIA-ESQUERDO

Ouro - Petkovic (Flamengo)
Prata - Marcelinho Paraíba (Coritiba)
Bronze - Conca (Fluminense)

ATACANTE 1

Ouro - Diego Tardelli (Atlético-MG)
Prata - Fred (Fluminense)
Bronze - Fernandinho (Barueri)

ATACANTE 2

Ouro - Adriano (Flamengo)
Prata - Ronaldo (Corinthians)
Bronze - Iarley (Goiás)

TÉCNICO

Ouro - Andrade (Flamengo)
Prata - Silas (Avaí)
Bronze - Celso Roth (Atlético-MG)

ÁRBITRO

Ouro - Heber Roberto Lopes (PR)
Prata - Leonardo Gaciba (RS)
Bronze - Paulo César Oliveira (SP)
REVELAÇÃO - Fernandinho (Barueri)
CRAQUE DA GALERA - Conca (Fluminense)

CRAQUE DO CAMPEONATO - Diego Souza (Palmeiras)

Terceira via em 2010 é quase impossível, indica pesquisa

O resultado de um estudo de quatro pesquisadores sobre a eleição presidencial de 2006 indica a virtual impossibilidade de uma terceira via na sucessão em 2010. O País voltará a viver uma disputa polarizada entre tucanos e petistas, segundo um dos quatro pesquisadores, professor César Romero Jacob, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.



Ao analisar o cenário da divisão eleitoral do Brasil na última corrida pelo Palácio do Planalto, os estudiosos notaram que ele pode se repetir. Em 2006, nas regiões Norte e Nordeste, onde os programas sociais - como o Bolsa-Família - foram mais fortes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve ampla vitória. Já na região Centro-Sul, onde o dólar barato derrubou o agronegócio, o tucano Geraldo Alckmin teve melhor desempenho. Em 2010, as condições não devem variar, porque há uma nova e franca desvalorização da moeda norte-americana e, paralelamente, mais beneficiários no principal programa social do governo.


"Não acho que essa divisão de votos entre Norte/Nordeste e Centro/Sul tenha relação com a questão da escolaridade", diz Jacob. "Tucanos poderiam achar que o presidente Lula caiu nas regiões mais ricas porque os escândalos do mensalão calaram no eleitorado mais informado. Mas prefiro a máxima de Delfim Netto: o bolso é a parte mais sensível do homem."


O estudo foi publicado na revista acadêmica Alceu, sob o título "A Eleição Presidencial de 2006 no Brasil: Continuidade Política e Mudança na Geografia Eleitoral". Além de Jacob, foi assinado por Dora Rodrigues Hees, da PUC, Philippe Waniez, da Universidade de Bordeaux, França, e Violette Brustlein, do Centro Nacional de Pesquisa Científica, da França.


O estudo

Para estudar o comportamento dos eleitores, os pesquisadores adotaram a divisão do Brasil em 558 microrregiões, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Lula e Alckmin ganharam mapas distintos do País, nos quais cores e tons mais escuros mostravam as maiores proporções de votos.


Os modelos mostram a predominância do marrom, vermelho, ocre e laranja nas regiões onde o presidente reeleito obteve maior proporção de votos, e de azul escuro nas parte onde o tucano se saiu melhor. Os dois ganharam votos por todo o País, diferentemente da terceira colocada, Heloísa Helena (PSOL), cuja votação concentrou-se nas grandes capitais, no Estado do Rio e em Alagoas.


"Por isso não acredito na terceira via", afirma Jacob. "Nas grandes capitais, tem mercado político para tudo - mas não necessariamente para ganhar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Avaliação positiva do governo volta ao nível pré-crise, diz pesquisa CNI/Ibope

A avaliação positiva do governo Lula cresceu três pontos percentuais nos últimos três meses e voltou ao patamar anterior à crise econômica. Setenta e dois por cento dos brasileiros consideram o governo “ótimo” ou “bom”, revela a pesquisa CNI/Ibope do último trimestre do ano, divulgada nesta segunda-feira, 7 de dezembro.

“A análise dos resultados de 2009 mostra uma recuperação da avaliação, após a queda registrada entre dezembro de 2008 e março deste ano, período mais crítico da crise econômica internacional”, revela a pesquisa. Acrescenta que “de março para cá, a avaliação positiva cresceu oito pontos percentuais, retornando ao mesmo patamar do período pré-crise, em dezembro passado”. Há um ano, a avaliação atingira 73% de “ótimo” ou “bom”.
Realizada trimestralmente, a última pesquisa CNI/Ibope do ano foi feita entre os dias 26 e 30 de novembro último, com 2.002 entrevistas em 143 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais e grau de confiança de 95%.
Informa que houve melhora da avaliação do governo em praticamente todos os segmentos. “Os movimentos mais expressivos ocorrem no nível de escolaridade superior, no sexo masculino, nas faixas etárias entre 25 e 39 anos, na periferia das grandes cidades e nas faixas de renda acima de cinco salários-mínimos”, atesta o levantamento.
A pesquisa CNI/Ibope anuncia que ocorreu, este mês, o maior percentual já registrado pelo levantamento na expectativa de melhoria da renda pessoal para os próximos seis meses. Quase a metade dos brasileiros (48%) acredita que sua renda “vai aumentar muito” ou “vai aumentar”. Outro recorde da pesquisa é a expectativa para o ano seguinte: 92% apostam que 2010 será “muito bom” ou “bom”.
Sobre as eleições de 2010, a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, supera a do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) em relação à pesquisa de setembro passado na simulação em que o candidato do PSDB é o governador de São Paulo, José Serra.
O levantamento CNI/Ibope diz que Serra mantém a primeira colocação, com 38%, três pontos acima do resultado de três meses atrás, enquanto Dilma Rousseff sobe dois pontos percentuais, atingindo 17%, contra 13% de Ciro Gomes, quatro pontos porcentuais menos do que em setembro último.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Arruda lança operação-abafa para controlar CPI e salvar mandato

Há quatro dias de ser expulso pelo DEM, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, pôs em andamento uma manobra para tentar escapar do impeachment e salvar o seu mandato. Nos últimos dias, ele reuniu a base partidária na Câmara Legislativa do Distrito Federal e avisou que não renunciará. Ainda ordenou que os aliados se dividissem em novos blocos partidários, para controlar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará as denúncias de pagamento de propina para o governador, integrantes do seu governo e deputados aliados, flagrados em gravações de vídeo que mostram partilha de dinheiro. O "mensalão do DEM" veio à tona com a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, há dez dias.



A operação-abafa, deflagrada por Arruda, fez com que fossem formados quatro blocos com 14 deputados aliados distribuídos entre eles. Como o regimento da Câmara Legislativa prevê o critério de proporcionalidade para definir quem fica com as vagas e cargos importantes de comissões permanentes e especiais, como uma CPI, a formação dos blocos garante a hegemonia para o grupo político do governador.


Na composição anterior, o PT, que faz oposição a Arruda, tinha a maior bancada. Crescia, assim, o risco político para o governador, uma vez que um petista assumiria uma das funções estratégicas na CPI. Com a recomposição de forças na Casa, os blocos aliados poderão indicar a maioria dos cinco integrantes da CPI, tendo força para escolher o presidente e ainda ficar com a relatoria.

Como o ano legislativo está terminando e as comissões permanentes terão suas composições redefinidas no início de 2010, os aliados também poderão manter o controle de comissões importantes, como a de Constituição e Justiça, por onde passam os pedidos de impeachment contra Arruda.

Para flamenguistas, segredo do título foi 'união do grupo'

O Flamengo fez uma campanha quase perfeita no segundo turno e conquistou o título do Campeonato Brasileiro - fim de um jejum de 17 anos. Para os jogadores, o segredo da taça foi um "grupo forte e unido."




"O título significa muito para a gente", explica o goleiro e capitão Bruno. "Vocês puderam comprovar no domingo o que é a força desse grupo. Saímos de uma situação difícil na competição e chegamos até aqui graças ao conjunto."



Quem também destacou a força do conjunto foi o técnico Andrade. "Contra o Grêmio, Adriano e o Petkovic não estiveram bem. Mas o grupo decidiu. Isso é o que fez o Flamengo campeão. Essa união foi fundamental."

Fonte: Estadão

Mais de 2,1 milhões vivem em áreas de risco de contaminação

Um levantamento consolidado pelo Ministério da Saúde mostra que mais de 2,1 milhões habitantes do país vivem potencialmente expostos a contaminantes químicos. Essas pessoas residem em uma das 2.527 áreas com solo contaminado detectadas no Brasil. Os dados foram coletados pelos estados e municípios no período de 2001 a 2008 e informados ao Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST) do Ministério da Saúde, passando a integrar as estatísticas da Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Contaminantes Químicos (VIGIPEQ).
As questões relacionadas aos solos contaminados e às populações potencialmente expostas a produtos químicos é um dos temas que serão discutidos durante na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA), de 9 a 12 de dezembro, em Brasília. Neste encontro, que envolve a mudança do meio ambiente e a saúde da população, serão propostas as prioridades para o setor e a sugestão de diretrizes para políticas públicas de saúde, entre outras áreas do poder público envolvidas.
O objetivo da VIGIPEQ é avaliar os dados para subsidiar ações e medidas de prevenção, promoção e atenção integral às populações que tiveram exposição ou que moram em área de risco. Os principais contaminantes são os agrotóxicos (20%), derivados do petróleo (16%), resíduos industriais (12%) e metais (11%). No período de 2004 a 2008, três estados tiveram maior número de pessoas potencialmente expostas: São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
“A importância dessa problemática é que ela representa uma situação aparentemente nova para o SUS. Porém, sabemos que os problemas de áreas contaminadas com populações expostas são antigos no Brasil e decorrentes dos processos, como o de industrialização”, avalia Herling Alonzo, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de Campinas (Unicamp), São Paulo.
“Fazer esse debate no âmbito da Conferência Nacional de Saúde Ambiental é relevante porque essas situações têm especificidades e representam um desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS) no que diz respeito à definição de como cuidar da saúde integral das pessoas expostas a contaminantes e como o setor saúde tem que se articular de forma intersetorial, especialmente com os órgãos ambientais e de infraestrutura e até de justiça, para determinar como atender essa demanda”, diz Alonzo.
Há décadas a relação entre a degradação do meio ambiente e os problemas de saúde é foco de estudos no mundo. De acordo com dados da OMS, 24% da carga global de doenças e 23% dos óbitos prematuros estão relacionados a problemas ambientais.